Quinta-feira, 02 de
Maio de 2024
Brasil

Genocida

Homem vende carro para comprar oxigênio à família: "Presidente genocida"

Tem gente morrendo na rua”, lamentou um morador de Manaus (AM)

Foto: Divulgação
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 Em entrevista à rádio BandNews FM, o homem, que prefere não se identificar, chamou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “genocida"

16 janeiro, 2021

Manaus  (AM) - Um morador de Manaus precisou vender o próprio carro para comprar um cilindro de oxigênio, em falta nos hospitais do Amazonas, na tentativa de salvar a mulher e os três filhos, infectados pelo novo coronavírus. Em entrevista à rádio BandNews FM, o homem, que prefere não se identificar, chamou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “genocida” e contou que todos da família estão em casa, mesmo em estado crítico, porque não há vagas em hospitais. “Eu já gastei R$ 5 mil e gastaria tudo, venderia minha casa, daria a minha vida para que minha filha, meu genro não morram dessa forma tão cruel que esse governo maldito está deixando a população brasileira nesse estado. Detalhe: eu tenho histórico de atleta, apesar dos meus 57 anos sou faixa preta, como esse presidente genocida, e estou na guerra. Não tem essa de ‘gripezinha’, de ter ‘histórico de atleta’, porque há amigos meus que são faixa preta e morreram, isso é balela, enganação com o povo”, desabafou. De acordo com o morador de Manaus, além da mulher e dos três filhos, uma nora e um genro, que está com 75% do pulmão comprometido, estão contaminados. Na última quinta-feira (14/1), ele precisou recorrer a uma empresa privada na capital amazonense. Na sexta, gastou R$ 400 para comprar 20 litros de oxigênio para apenas um dia de tratamento. “Eu só consegui comprar o gás e a bombinha porque vendi meu veículo, mas eu estou tendo dificuldade de comprar remédios já porque não dá para achar. A minha filha está sendo consultada, mas em uma consulta particular agora. Gastei mais de R$ 1.000,00 só de exame de sangue, mas eu sou grato a Deus por ter dinheiro para arcar com os custos. Tem gente morrendo na rua”, lamentou.