ÀS SUAS ORDENS!
por Raimundo Lira |
Opinião
CPI das fake News: lorota para enganar os tolos
A palavra fake news além de encher a paciência pra não falar outra palavra, já vi escrita em portas de banheiros de aeroportos, em estações de metrôs e até em banheiros de terminais rodoviários
Foto: Divulgação Robos: máquinas de fazer fakes newsp/ Raimundo Lira
Aproximam as eleições municipais no Brasil e rola no Congresso Nacional em Brasília (DF), a lorota [conversa fiada, falsidade ou fanfarrice] da CPI das fake news. O Congresso vota, o Supremo Tribunal Federal é contra e as marias vai com as outras entram no embalo da enganação. Ora todo mundo sabe que fake News é uma excelente artifício publicitário que quase todos os marqueteiros usam nas campanhas eleitorais no mundo inteiro – principalmente nos Estados Unidos da América desde a primeira campanha eleitoral do então presidente Barack Hussein Obama em 2007. De Lá para cá, as fake news comandaram as eleições nos EUA e também no Brasil é claro. Desde de 1965 quando em participei da minha primeira campanha eleitoral em Porto Nacional ex Goiás hoje próspero município do estado do Tocantins, que eu já via os fuxiqueiros e ouvia seus fuxicos. Naquela época, eleitores dos candidatos a prefeito Dr. Antônio Coelho (UDN) e de Laudemiro Gomes (PSD), trocavam insultos e fuxicavam à vontade. Eram cada estórias contadas pelos cabos eleitorais dos candidatos que assustavam qualquer pessoa, principalmente aquelas pessoas mais conservadoras portuenses. Os fofoqueiros bem acomodados nos bancos da lendária Praça do Centenário – centro da Cidade - agitavam o ambiente e com maestria contavam em detalhes as vidas de todo mundo, sem se esquecerem é claro dos candidatos a governador de Goiás naquela eleição Otávio Lage se Siqueira (UDN) e Peixoto da Silveira (PSD). Otávio Lage apoiava Dr. Antônio Coelho e o candidato de Peixoto da Silveira era o manda brasa Laudemiro Gomes. De lá para cá houveram várias mudanças nos cenários políticos nacional e internacional – evidentemente. Várias palavras novas e metodologias de campanhas foram criadas, importadas e introduzidas no marketing político, dentre elas o fake news que substituiu o tradicional e maldoso “ fuxico”. Olha esta palavra fake news além de encher a paciência pra não falar outra palavra, já vi escrita em portas de banheiros de aeroportos, em estações de metrôs e até em banheiros de terminais rodoviários, por este Brasil a fora. Já tive oportunidades de participar de várias campanhas eleitorais em Goiás, São Paulo, Brasília e por último participei de duas campanhas eleitorais em 2018, no estado do Tocantins: nada foi diferente e nem surpresa pra mim. Agora, alguns senadores e deputados federais [ que devem ter utilizado em seus estados as tais fake news em suas campanhas eleitorais] querem atráves de uma Comissão Permanente de Inquérito [CPI], descobrir quem são os operadores das fake news no Brasil. Por favor “Excelências”, não queiram subestimar a inteligência das pessoas, porque tudo mundo sabe onde está o ninho da cascaval e quem são os donos da cobra. Até o próximo!
* Raimundo B. Lira é jornalista, Internacionalista e presidente da Comissão Provisória para a Organização e Legalização da Associação Brasileira de Blogs e Sites (AABBwebsite)