Quinta-feira, 09 de
Maio de 2024
Brasil

Túnel nazista

Escavações são realizadas em Ibirubá (RS)para investigar existência de suposto túnel usado por nazistas

Moradores acreditam que estrutura no subsolo na cidade foi construída por descendentes de alemães e pode ter sido utilizada como rota de fuga para países vizinhos durante a Segunda Guerra Mundial

Foto: Francieli Alonso/RBS TV
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Escavações estão sendo realizadas na manhã desta terça-feira (1º) no Centro de Ibirubá

01 outubro, 2019

Ibirubá (RS) - Escavações estão sendo realizadas na manhã desta terça-feira (1º/10) no Centro de Ibirubá, a quase 300 quilômetros de Porto Alegre, para investigar a existência de um suposto túnel usado por nazistas na cidade. Participam da ação equipes da prefeitura, uma empresa privada que voluntariamente está ajudando com equipamentos, bombeiros e Brigada Militar. Até o fim da manhã, as equipes acharam uma tubulação antiga de concreto e uma parede. Bombeiros estão entrando, com oxigênio, para fotografar e fazer um levantamento. O grupo está investigando uma suspeita histórica: a de que, na região, haveria um túnel supostamente utilizado como rota de fuga por nazistas na Segunda Guerra Mundial. Se a existência do túnel for confirmada, o prefeito da cidade, Abel Grave (PRB), disse que tem intenção de contatar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e outros órgãos de apoio ao patrimônio público para idealizar um espaço turístico no túnel. "Para recuperar essa história, que de repente em algum momento ficou obscura, mas é a história do nosso município que será desvendada", afirma Abel. Conforme pesquisas, reportagens antigas e a crença popular de moradores, o suposto túnel está na região central da cidade, com ramais que totalizariam cerca de dois quilômetros de extensão. Teria sido construído por moradores descendentes de imigrantes alemães. Serviria para contrabando e para passagem de colaboradores de Adolf Hitler na América Latina.

Estudo de geologia
Um grupo de geólogos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) estudou o local e detectou a existência de "duas anomalias côncavas" no subsolo. Os pesquisadores, no entanto, assinalam a possibilidade de fenômenos se originarem por outros motivos, que não o túnel. "Desta forma, o significado de tais anomalias somente pode ser conhecido através de dados diretos, os quais permitirão indicar se estão relacionadas a mudanças antrópicas produzidas no subsolo ou a feições geológicas", narra o relatório. Quatro pontos por onde supostamente o túnel passa, no cruzamento entre as ruas Flores da Cunha e Getúlio Vargas, foram sinalizados após os estudos dos geólogos. Para quem acompanha a história, isso pode ser um sinal que confirma a presença do túnel.