Segunda-feira, 20 de
Maio de 2024
Mundo

Pena de morte

Japão enforca chinês condenado por assassinar quatro pessoas

Ao todo, 110 presos estão no corredor da morte nas instituições carcerárias japonesas

Foto: Divulgação
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Masako Mori, do Ministério da Justiça do Japão, fala durante uma coletiva de imprensa, em 26 de dezembro de 2019, sobre o enforcamento de um chinês condenado pelo assassinato de uma família de quatro pessoas

27 dezembro, 2019

Fukuoka (Japão) - Um preso chinês condenado à morte foi executado por enforcamento  quinta-feira (26/12) no Japão, segundo o Ministério da Justiça do país. Esta é a terceira execução que acontece no ano de 2019 no país. "O condenado no corredor da morte, Wei Wei, foi executado esta manhã", afirmou o Ministério em um comunicado. Wei Wei, de 40 anos, foi condenado à forca pelo assassinato, com o objetivo de assalto, de um casal e seus dois filhos na cidade de Fukuoka, em 2003. Esta é a primeira execução de um estrangeiro nos últimos dez anos.

"Um ato extremamente cruel", segundo o Ministério.

Ele atuou com dois cúmplices chineses que fugiram, mas depois foram presos na China. No processo, Wei Wei admitiu os fatos, mas negou ser o autor intelectual. Ao todo, 110 presos estão no corredor da morte nas instituições carcerárias japonesas, alguns deles há décadas. Esta foi a terceira execução do ano, um número significativamente menor em comparação a 2018, quando foram aplicadas 15 condenações de pena capital.

 "No Japão, o debate sobre a pena de morte é evitado. O governo alega que, segundo pesquisas, 80% da população é a favor"

Várias organizações de direitos humanos solicitaram uma moratória durante o ano das Olimpíadas de Tóquio em 2020, mas o Ministério da Justiça evitou responder quando foi questionado pela AFP. No Japão, o debate sobre a pena de morte é evitado. O governo alega que, segundo pesquisas, 80% da população é a favor. De acordo com a mesma pesquisa, porém, a proporção de apoio à pena de morte cai para apenas 50%, "se a sentença de prisão perpétua existir sem a possibilidade de liberdade condicional".

Fonte: AFP / Poptvnews