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Veja quem são as brasileiras presas na Alemanha

Médica veterinária Jeanne Paollini e a personal trainer Kátyna Baía estão juntas como casal há mais de 17 anos

Foto: Reprodução/Redes sociais
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Jeanne Paollini e Kátyna Baía em viagem em Paris, na França

06 abril, 2023

As goianas presas na Alemanha após terem malas trocadas por bagagem com drogas são a médica veterinária Jeanne Paollini e a personal trainer Kátyna Baía, segundo confirmou o gabinete de Assuntos Internacionais. O casal está junto há mais de 17 anos. Elas compraram a viagem com antecedência e iam passear em vários países europeus, no entanto, foram abordadas pela polícia alemã na troca de avião. Nas redes sociais, o casal coleciona fotos de suas profissões e também de viagens internacionais que já fizeram juntas. Entre os locais para onde elas já viajaram está o Deserto do Atacama, no Chile, Buenos Aires, na Argentina e Paris, na França. Em sua biografia na web, Kátyna diz que é mestranda em Movimento Humano e Reabilitação, e que é criadora e fundadora de uma academia em Goiânia. Em sua rede social, ela exibe fotos e vídeos relacionados à saúde e bem-estar. Já Jeanne se descreve como médica veterinária formada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), residente de Cirurgia no Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em cirurgia de tecidos moles. A médica veterinária já tem mais de 10 anos de profissão e compartilha em vários posts histórias e resultados de cirurgias e procedimentos que fez em animais. “Sempre estudando, fazendo cursos, pós-graduações e agora próximo a concluir uma residência em cirurgia veterinária e sem arrependimentos”, escreveu Jeanne.
 

Prisão após troca de bagagem
As goianas faziam escala em Frankfurt com destino a Berlim, e nem chegaram a ver as malas apreendidas pelos policiais e as bagagens delas não foram encontradas até hoje. Com a prisão delas, em 5 de março, a Polícia Federal começou a investigar o caso e achou indícios de que elas não estavam levando cocaína para a Alemanha. Com a apuração, a polícia descobriu que funcionários terceirizados do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, trocavam etiquetas de malas para enviar droga para o exterior. Na terça-feira (4/4), a polícia prendeu seis investigados. As autoridades alemãs disseram que há fortes indícios de que as brasileiras são mesmo inocentes, mas querem ter acesso a todos os vídeos obtidos pela Polícia Federal e ao inquérito completo, com a prisão dos suspeitos, antes de soltá-las. A superintendente da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues, disse que há indícios de que as goianas não eram donas das malas com cocaína. "Elas embarcaram com malas contendo menos de 20kg e foi identificado no aeropoto da Alemanha 20kg de entorpecentes em cada uma das bagagens. Elas afirmaram que as malas não eram delas", esclareceu a delegada. Além das goianas presas, há uma outra mulher que saiu de Goiânia com destino à França e também teve a mala trocada no Aeroporto de Guarulhos. Neste caso, a mulher não foi presa.

Prisões mantidas
Jeanne e Kátyna tiveram a prisão mantida pela Justiça de Frankfurt após audiência na manhã desta quarta-feira (5), dia em que completam um mês detidas numa penitenciária feminina da cidade. Segundo o gabinete de Assuntos Internacionais de Goiás, que acompanha o caso, um juiz alemão pediu que as provas obtidas pela Polícia Federal durante a investigação sejam enviadas pelo Ministério da Justiça e pelo Itamaraty. Durante a audiência, o juiz disse que a PF já enviou o inquérito por adida aduaneiro, que é a pessoa que representa o Brasil em assuntos técnicos e de negociação internacional, mas, além dessas provas já enviadas, ele pediu as informações sobre a investigação e o inquérito dos presos na operação de terça-feira (4/4).