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No 'Conversa', Mandetta diz que alertou Bolsonaro sobre 180 mil mortes se governo não agisse: 'Nunca falei em público, mas para ele eu mostrei'

Ex-ministro da Saúde é o entrevistado do 'Conversa com Bial' de quinta-feira, 24/9 Por Gshow

Foto: Reprodução/TV Globo
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"Eu nunca falei em público que eu trabalhava com 180 mil óbitos se nós não interviéssemos, mas para ele eu mostrei, entreguei por escrito"- Mandetta

25 setembro, 2020

Por Gshow

Rio de Janeiro (RJ) -  O médico ortopedista, ex-deputado federal e ex-ministro Luiz Henrique Mandetta foi  o entrevistado do Conversa com Bial de quinta-feira (24/9). Ele está lançando o livro “Um paciente chamado Brasil: Os bastidores da luta contra o coronavírus”, em que narra como o Ministério da Saúde tentou conter a epidemia da Covid-19 no Brasil durante sua gestão. No livro e em sua conversa com Pedro Bial, Mandetta recorre ao conceito psiquiátrico das fases do luto para explicar a reação do presidente Jair Bolsonaro na pandemia: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. Depois de negar a gravidade da situação, sua próxima reação foi a ira: “Eu simbolizava a notícia e ele ficou com raiva do ‘carteiro’, ficou com raiva do Ministério da Saúde.” Depois, de acordo com o ex-ministro, veio a fase do apelo a alguma chance ou ao sobrenatural: "Ele se apegou àquela cantilena de pessoas que vão ao seu redor e começam a falar o que ele queria escutar". Mandetta explica que trabalho psiquiátrico busca chegar logo à fase da aceitação, em que a pessoa age de forma colaborativa, adere ao tratamento, supera a dor e retoma a vida. “Eu tentava puxar ele logo para a fase proativa. Eu nunca falei em público que eu trabalhava com 180 mil óbitos se nós não interviéssemos, mas para ele eu mostrei, entreguei por escrito, para que ele pudesse saber a responsabilidade dos caminhos que ele fosse optar. Foi realmente uma reação bem negacionista e bem raivosa.”
 

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