Porto Alegre (RS) - A queda no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis anunciada pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), na terça-feira (14/9), não foi vista com bons olhos por governadores de outros estados. Para os secretários da Fazenda estaduais, a alíquota que é de 30% e passará a 25% - a menor do país - no início do ano que vem, não pode ser acompanhada pela maioria dos 27 estados e Distrito Federal. Apenas sete têm alíquota de 25%. A medida foi vista como inoportuna, por ter sido divulgada num momento em que Bolsonaro trava uma batalha com os governadores em torno da responsabilidade pela alta no preço do combustível. De acordo com reportagem do jornal O Globo, que teve acesso às mensagens de WhatsAPP do grupo de gestores, entre os secretários Leite é acusado de lavar as mãos e que a decisão é vista como uma medida populista, já que no passado Leite defendeu que o imposto não poderia ser reduzido. O estado do Rio Grande do Sul vem se beneficiando do aumento da alíquota desde 2015, quando o imposto foi elevado para ajudar a melhorar a arrecadação do estado, que estava em uma grave crise financeira.
Geral