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Abril de 2024
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ONU atende governadores e antecipa envio de 4 milhões de vacinas

Governadores pediram socorro à entidade em decorrência da pior fase da pandemia no país

Foto:Divulgação
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Governadores se reúnem com secretária-adjunta-geral da ONU, Amina Mohammed

17 abril, 2021

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou a antecipação do envio ao Brasil de 4 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus ainda em abril, por meio do consórcio Covax Facility. A entidade atendeu a um pedido de socorro do Fórum Nacional de Governadores em meio à pior fase da pandemia no país. Na  sexta-feira (16/4), governadores e representantes dos 27 estados brasileiros participaram de videoconferência com a secretária-adjunta-geral da ONU, Amina Mohammed, que anunciou o repasse das vacinas. Há a possibilidade de se antecipar o envio de outras 4 milhões de doses via Covax. O programa, criado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), oferece auxílio especialmente a países em desenvolvimento, permitindo que eles vacinem profissionais de saúde e outros grupos de risco, mesmo se seus governos não conseguiram garantir vacinas com os fabricantes. Em 21 de março, o Brasil recebeu o primeiro lote de 1.022.400 doses de vacinas da AstraZeneca/Oxford contra Covid-19 por meio do Covax Facility. No total, foram adquiridas 42,5 milhões de imunizantes por meio do programa. "[Pedimos] Sensibilização de outros países do mundo para ampliar a entrega de vacinas ao Brasil, buscar as condições para não faltar segunda dose, como já faltam em alguns lugares, especialmente da Coronavac, e ainda ajuda na perspectiva de o Brasil ter o fornecimento de insumos e a transferência tecnológica com a possível quebra de patentes", disse o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), após a conferência. Presidente do Consórcio Nordeste, que reúne os nove estados da região, Dias afirmou que a ONU vai pedir aos Estados Unidos que envie ao Brasil vacinas contra Covid-19 que não estão sendo usadas no país. Ele citou a avaliação feita pela OMS que reconhece o Brasil como o "maior propagador" de variantes de Covid no mundo. "Se o mundo não cuidar do Brasil, há um risco de que essas variantes se alastrarem para o mundo", alertou.