Quarta-feira, 24 de
Abril de 2024
Brasil

CPI do Covid

Renan diz que Pazuello pode estar tentando proteger infratores

Senador e relator da CPI do Covid enviou ofício ao ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que vai decidir sobre pedido do militar para ficar calado durante depoimento

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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Senador Renan Calheiros (MDB-AL) relator da (CPI) do covid-19

14 maio, 2021

Brasília (DF) -  O senador Renan Calheiros (MDB-AL) relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do covid-19, enviou um ofício ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) destacando que o ex-ministro Eduardo Pazuello falará ao colegiado na condição de testemunha, e que, por isso, não tem motivo de ficar calado durante a oitiva. Renan tenta persuadir o magistrado a garantir que Pazuello compareça à comissão e responda às perguntas dos senadores sobre ações e omissões do governo federal na pandemia. Lewandowski é quem vai decidir sobre um habeas corpus apresentado pela Advocacia Geral da União (AGU) em favor do ex-ministro da Saúde. No documento, a AGU pede que Pazuello tenha direito ao silêncio, seja acompanhado por um advogado, não seja preso caso minta na oitiva, e nem mesmo seja obrigado a comparecer à CPI. Para Renan, a reação do ex-ministro, mesmo estando na condição de testemunha, revela uma vontade de atrapalhar o andamento da comissão. "Ao demandar o auxílio do Judiciário para não responder a algumas ou a todas as perguntas da CPI, à sua escolha, o Sr Eduardo Pazuello, aparentemente, pode estar objetivando proteger possíveis infratores, cujos nomes poderiam surgir de seu depoimento", escreveu Renan. Ele destaca que o Brasil já tem mais de 400 mil mortes, e que Pazuello é peça-chave para responsabilizar eventuais envolvidos no agravamento da pandemia no país. "Negar-se a responder à CPI equivale a esconder do povo brasileiro informações cruciais para compreender o momento histórico, responsabilizar quem tenha cometido irregularidades e evitar que se repitam os erros que levaram à morte de quase meio milhão de brasileiros inocentes, até agora", destacou o relator.

Fontes: Correio Braziliense / www.poptvnews.com.br